25.6.08

Photo by: Maria João Fragateiro

17.6.08

Shannon Wright e Tiago Sousa em Lisboa: entrevista + antecipação do concerto

Shannon Wright e Tiago Sousa em Lisboa: entrevista + antecipação do concerto

Cantora americana actua no Santiago Alquimista esta Quarta-feira. Português Tiago Sousa faz a primeira parte. A BLITZ falou com ambos.

A cantora americana Shannon Wright e o português Tiago Sousa actuam esta Quarta-feira, 18 de Junho, no Santiago Alquimista, em Lisboa.

Esta é a segunda vez que a colaboradora de Yann Tiersen e amiga dos
Calexico toca em Portugal; a primeira foi há sete anos, na primeira parte do concerto daquela banda no Super Bock Super Rock, em Lisboa e Porto.

Em conversa com a BLITZ, Shannon Wright garante lembrar-se bem dessa
passagem por Portugal (tragicamente coincidente com a queda da ponte de Entre-os-Rios). «Nem acredito que já passaram sete anos», comenta.

Quando lhe perguntamos se o seu espectáculo ao vivo – então muito visceral, apesar de a artista se encontrar sozinha em palco, geralmente ao piano – se alterou muito, responde: «É difícil dizer, porque continuo a ser eu, mas o mais certo é que em sete anos tenha mudado».

«Vou voltar a tocar sozinha. Nos últimos anos tenho andado em digressão com banda, talvez da próxima vez a possa levar comigo a Portugal», afiançou.

Conhecida pela
entrega em palco , Shannon Wright conta, entre risos, que muitas vezes os espectadores ficam surpreendidos quando a abordam no final dos espectáculos e encontram, afinal, uma mulher simpática. «Isso continua a acontecer!», diz divertida.


O álbum que Shannon Wright vem promover, Let In The Light , vem sendo apresentado como o mais luminoso e feliz da sua carreira. A cantora, que chegou a militar na cena punk do seu estado natal da Flórida, acha que esse «é o tipo de coisa que as pessoas escrevem quando sai um disco. Agora já toco há mais tempo, por isso é normal que tenha melhorado, mas não acho que seja um disco mais bem feito que os outros».

Let In The Light é também o primeiro disco de Shannon Wright depois da
colaboração com Yann Tiersen , fixada em disco em 2006. «Quando decidimos fazer o disco não pensámos na parte do negócio, só pensámos no lado musical, criativo. Gostamos muito da música um do outro e foi uma experiência natural... duas pessoas, dois corpos a fazer música».

O quinto disco de Shannon Wright encontra-a num momento de serenidade. «Sinto que tudo o que queria fazer, fiz», garante-nos. «O meu grande propósito é expressar-me, da forma o mais honesta possível, e criar música como uma forma de arte».

«Nos concertos as músicas ganham toda uma nova vida. Muitas vezes as pessoas julgam-te por aquele momento que foi a gravação do disco, mas isso não diz tudo sobre aquilo que tu és enquanto músico», explica, confirmando que o palco é o seu habitat natural: «Os concertos são uma experiência aparte. Para mim, é onde o círculo se completa».

Na primeira parte estará
Tiago Sousa . Apreciador da música de Shannon Wright, o português tomou a iniciativa para abrir o concerto: «Quando soube que ela viria e qual a promotora, decidi propor-lhes fazer a primeira parte, pois seria uma imensa honra para mim».

Tiago Sousa, que edita pela
independente Merzbau , está entusiasmado com a noite de Quarta-feira - «até porque acho que a minha música tem bastante a ver com a dela» - e promete aproveitar a ocasião para apresentar a sua mais recente edição, The Western Lands .

Neste álbum, Tiago Sousa opta sobretudo pela guitarra, mas até agora distinguira-se por privilegiar, à semelhança de Shannon Wright, o piano.

«Tenho contacto com o piano desde que nasci, praticamente. A minha avó dá aulas de piano e sempre fui muito incentivado para tocar. Na adolescência abandonei-o um pouco mas em 2006 voltei a recuperá-lo, gravando então Crepúsculo , o meu disco de estreia», recorda. «Não sou um músico muito técnico, gosto de manter uma abordagem mais intuitiva».

The Western Lands inspira-se no livro do mesmo título de
William S. Burroughs , sobre «a caminhada de diferentes peregrinos em busca desse lugar, numa abordagem onírica, surreal e subversiva. Tentei acima de tudo passar algumas ideias e imagens que me ficaram das várias leituras que dediquei ao livro, mais do que tentar servir a sua estranha narrativa».

O concerto começa às 22h00 e os bilhetes custam 20 euros.

Myspace de Shannon Wright

Myspace de Tiago Sousa

LP, hoje às 0:11

http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/25134

11.6.08

Melech Mechaya @ blog Raízes

«Que se saiba nenhum dos almadenses Melech Mechaya é judeu, mas isso também não interessa nada (não é preciso ser jamaicano para fazer reggae ou de Liverpool para se fazer música influenciada pelos Beatles): a verdade é que o grupo toca klezmer e que o toca muitíssimo bem!! Eles ao vivo são uma maravilha e neste EP de estreia, com cinco temas, está apenas uma amostra daquilo que eles são: festivos, inventivos, dançantes, por vezes doidos varridos, a irem à música dos judeus do centro e norte europeu como se esta fosse a coisa mais natural para quem vive na margem sul do Tejo. Em três temas originais do grupo - «Noite Tribal», «Zemerl Biffs» e «Fresta Frssca» - e duas versões - «Bulgar de Odessa» (Ucrânia) e «Miserlou» (o tema grego que Dick Dale popularizou) -, o quinteto passa pelo klezmer e por alusões a outras músicas suas irmãs, da música árabe à música cigana dos Balcãs, com uma facilidade e uma alegria contagiantes. Não é tão bom ouvir o EP quanto é vê-los ao vivo, mas já é uma aproximação.»

www.raizeseantenas.blogspot.com

3.6.08

Lucent Dossier Vaudeville Cirque regressam a Portugal

Os Lucent Dossier Vaudeville Cirque (depois de terem estado no BURLA em Outubro passado em Braga) vão regressar a Portugal para participarem no Optimus Oasis by The Du Lab, no Optimus Alive 08